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AGO
28
28 AGO 2009
DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO
Apoiados pela Prefeitura Citricultores foram a Brasília em busca de soluções
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Um grupo composto por 45 citricultores de Itápolis, juntamente com o Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento , com o representante do prefeito municipal Nivaldo Pastrello, além do representante do Sindicato Rural do município Ronaldo Bergamaschi; se reuniram às 10h00 do dia 25/08, em Brasília, com Senadores, Deputados Federais, com representantes dos trabalhadores, da Associtrus, das indústrias extratoras de suco de laranja, do diretor do CADE, com o objetivo de achar soluções para a crise que o setor vem enfrentando com o baixo custo estipulado para a caixa da fruta.

Este foi o segundo encontro entre o grupo e os políticos da esfera federal. O primeiro encontro aconteceu dia 11 de julho em um anexo da Câmara dos Deputados, quando laranjeiros do Estado do Sergipe faziam as mesmas reivindicações que os paulistas. Na ocasião o Senador Eduardo Matarazzo Suplicy recebeu os produtores para agendar a reunião do dia 25 último. Não diferente da primeira vez, o prefeito apoiou o retorno dos citricultores à capital federal, tendo inclusive, recebido em recente visita o Deputado Federal e ex-Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Antonio Duarte Nogueira, para quem pediu sua intercessão junto ao governo federal.



Inicialmente presidida pelo Senador Garibaldi Alves e posteriormente pelo seu colega Valter Pereira, a reunião começou com 30 minutos de atraso. Ao abrir o debate, o Senador Suplicy fez um breve histórico da citricultura nacional e apresentou números que mostram a desaceleração do setor e as principais causas, dentre elas, a cartelização e o crescente processo de concentração econômica há mais de 20 anos em curso na citricultura brasileira, segundo denunciam os produtores de citrus.



O presidente da CITRUS BR - Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos , Christian Lohbauer, respondendo as acusações, admitiu a existência de concentração econômica no setor, "comum em outros segmentos industriais", apontam o agravamento da crise em virtude, principalmente da retração do mercado mundial. Afirmou também que o preço da laranja industrializada sofreu queda de 17%, com um agravante: há excesso de estoques nos Estados Unidos e na Europa. Christian defendeu que o governo federal subsidie o setor e que faça a abertura de uma campanha nacional e mundial para aumentar o consumo de laranja industrializada, inclusive disse que apóia, o projeto que obriga as escolas públicas a servirem sucos de laranja e outras frutas regionais, aos alunos. Para Flávio de Carvalho Pinto – Presidente da ASSOCITRUS – Associação Brasileira dos Citricultores a cartelização e a concentração econômica se deu nos anos 90, tendo resultado no processo de expulsão gradual do mercado de pequenos e médios produtores, que já somam mais de 20 mil citricultores. Segundo Flávio, quem saiu lucrando foram empresas aliadas a duas grandes engarrafadoras: Coca-Cola e Pepsi-Cola. Para o Senador Osmar Dias, a indústria não reconhece o trabalho dos produtores.



O CADE – Conselho Administrativo da Defesa Econômica também foi criticado pelo presidente da ASSOCITRUS pela postura de proibir a continuidade do chamado contrato padrão, que previa a correção do preço da caixa de laranja em função do preço do suco já pronto para a comercialização. Ele sugeriu o restabelecimento da concorrência no setor e preços mínimos para a laranja.



A concentração na citricultura, segundo Eduardo Pofirio, da Federação dos Empregados Rurais do Estado de São Paulo, está provocando o empobrecimento dos médios e pequenos produtores e que as empresas não estão negociando nada e pagam apenas um salário mínimo aos colhedores, que precisam colher 57 caixas por dia para ter direito a um salário mínimo mensal.



Os Senadores Antonio Carlos Valadares, Tasso Jereissati e Eduardo Suplicy defenderam a criação de uma agenda positiva e abertura de diálogo entre as partes, inclusive, Suplicy chegou a propor a criação de uma câmara de arbitragem para a citricultura, que teria a função de definir as formas de comercialização da laranja e seus derivados, citando como exemplo o que se estabeleceu com a cana de açúcar. Este tema já foi pauta de discussão em audiência pública conjunta nas Comissões de Assuntos Econômicos – CAE e de Agricultura e Reforma Agrária – CRA. O requerimento que resultou na reunião foi de autoria de Suplicy e de Augusto Botelho.



O Senador e presidente da CRA Valter Pereira sugeriu aos produtores a criação de cooperativas. A Senadora Kátia Abreu defendeu subvenção oficial para o segmento, como forma de garantir emprego, produção e reduzir os preços dos alimentos. O presidente do CADE, Arthur Baldin, será necessário a adoção de “novos mecanismos de governança” para que o setor seja equilibrado. Ele observou que o segmento deve ser preservado e melhorado, com o objetivo, de se buscar uma nova ordenação do mercado. E lembrou que o Brasil é o maior produtor de suco de laranja do mundo.



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