Chineses querem instalar uma fábrica na cidade para produzir celulose à base do bagaço de cana-de-açúcar
O que mais um município precisa senão da geração de novos empregos? Essa possibilidade está batendo as portas de Itápolis com a vinda de um grupo chinês que pretende instalar uma empresa do ramo de celulose. O projete prevê o investimento de 30 milhões de dólares para instalar 3 fábricas na Área Industrial Tarquínio Bellentani, que se dividiria em 2 etapas. Na primeira, seria implantada uma fábrica de celulose cuja matéria-prima é o bagaço da cana-de-açúcar, sendo processada em maquinários de última geração que serão importados da China. A proposta é utilizar equipamentos altamente tecnológicos que resultem numa produção limpa, evitando a emissão de poluentes. Nesta primeira fase já seriam gerados cerca de 100 empregos e o empresário chinês, Liu Chien Kuo, disse que a maioria destes postos de trabalho serão ocupados por itapolitanos.
Já prevendo a ampliação da linha de produção de celulose, numa segunda etapa, seria feita a ampliação do projeto inicial, onde se incluiria a produção de copos, pratos e bandejas descartáveis totalmente recicláveis. Ao final da implantação das indústrias a previsão é de que sejam gerados mais de 600 empregos.
Uma reunião foi realizada nesta terça-feira (13) na prefeitura contando com a participação do prefeito atual Carlos Augusto Biella e o eleito Edmir Gonçalves, acompanhado de demais membros de sua equipe de governo, com o representante do grupo Chinês, Liu Chien Kuo, membros do PRODEI (Programa de Desenvolvimento de Itápolis), a presidente da Câmara, Edmércia Micheletti e o vereador Avelino Cunha, para falar sobre o assunto.
De acordo com, Liu Kuo, a escolha de Itápolis para instalação da fábrica, que será uma referência no país neste tipo de produção, se deve a localização geográfica do município que está próximo de várias usinas que deverão fornecer a matéria-prima necessária.
“É importante ressaltar que nossa produção tem venda garantida com outros países, por isso a atual situação financeira do país não deverá afetar nossos negócios. Produziremos celulose, material necessário em qualquer lugar do mundo”, explicou o empresário.
Como as negociações para vinda da indústria chinesa acontecem desde janeiro, já foram feitos testes com o bagaço da cana brasileira na China, comprovando a viabilidade da produção.
O Vice-prefeito eleito, Marinho Almeida, que também esteve participando da reunião propôs que enquanto a fábrica estiver sendo construída na cidade - obra prevista para durar um ano, segundo a expectativa do empresário - seja feita a seleção e capacitação de mão de obra.
Como o recurso que o grupo chinês utilizará será financiado pelo governo da China, é necessário ter uma documentação para comprovar onde o investimento será aplicado. Para isso, o Executivo terá que enviar um projeto de Lei que será apreciado pelos vereadores, para que seja aprovada a concessão da área, conforme a legislação do PRODEI. Como a presidente da Câmara esteve presente na reunião, Edmércia já sinalizou que uma seção extraordinária pode ser realizada assim que o projeto for protocolado, considerando a importância da vinda de uma nova indústria para gerar empregos na cidade.